SP–Arte – 2024 – 3ª edição de Rotas Brasileiras
A SP–Arte completou 20 anos em 2024 e, ao longo destas duas décadas, desempenhou um papel fundamental na profissionalização, no crescimento e na promoção do mercado artístico nacional. Além disso, estimulou o surgimento de novos agentes interlocutores e impulsionou a internacionalização da arte brasileira.
Para a terceira edição, a feira reafirma o propósito de reunir diversos agentes que formam o sistema das artes, incluindo galerias de arte, instituições culturais e espaços autônomos
Rotas Brasileiras é uma feira que toma a arte brasileira e suas histórias como ponto de partida, reunindo expositores que valorizam a potência e a pluralidade artística do país. É uma feira de descobertas, com projetos que refletem tanto o que está despontando na cena, como também resgata e homenageia grandes criadores e criadoras da arte brasileira e aquelas que a influenciam.
A feira acontece anualmente na ARCA, na Vila Leopoldina, acompanhada por uma programação de talks, lançamentos editoriais e outros eventos que conversam com suas linhas temáticas.
A 3ª edição de Rotas Brasileiras ocorrerá de 28 de agosto a 01 de setembro de 2024, e contará com a direção artística de Rodrigo Moura. Junto à SP–Arte, Moura vai colaborar com as galerias no desenvolvimento artístico dos projetos para a feira. Rodrigo Moura é curador, editor e crítico de arte brasileiro. Desde 2019, atua como curador-chefe no Museo del Barrio (Nova Iorque).
Vários artistas do Brasil inteiro irão participar do evento, e um dos destaques é o artista plástico Bu’ú Kennedy. Vamos conhecer um pouco sobre esse artista.
Bu’ú Kennedy ( Alto Rio Negro, Brasil) pertence ao povo Ye’pamahsã, conhecido como Tukanos, do Clã Üremirin Sararó – Fátria Patrilinear do povo Ye’pamahsã da Amazônia. Divide seu nome, atribuído tradicionalmente ao homem de vida curta e brava, com o “tucunaré”, peixe encantado dos rios amazônicos.
Curandeiro onça, Bu’ú integra uma linhagem de praticantes de bahsese, formas de benzimento ancestral. Para se tornar, também, um Yaí wá (onça), seguindo o caminho ancestral, ele passou por uma série de iniciações rituais para tornar-se apto ao exercício da função. Além da prática artística, Bu’ú atua pelo Brasil afora na missão de atender pessoas doentes, fazer cerimônias e organizar parcerias para projetos voltados para a salvaguarda e promoção de conhecimentos dos povos indígenas, defendendo sua cultura, assim como o meio ambiente para garantir a manutenção das futuras gerações.
Sua produção visual está baseada, principalmente, na marchetaria, técnica que aprendeu na Escola de Artes do Instituto Dirson Costa, a qual frequentou entre 2005 e 2007. A técnica baseia-se na justaposição e encaixe de lâminas de madeiras diferentes, para formar paisagens, motivos e símbolos. As composições de Bu’ú apresentam grafismos, cores e representações provenientes de sua cultura, revelando-nos o potencial da arte na configuração de conhecimentos sobre o mundo e sociedade. Além de sua produção visual, o artista também dirige e escreve peças teatrais, como Sapo Taro Bekê (2006), Tui-Sá Kumurõ (2009), e Ensinamento do Beija Flor (2010). Em 2011, atuou como coordenador do ponto de cultura no projeto Casa das Culturas Indígenas, em Cotia, Brasil.
Aos 22 anos de idade, Bu’ú se mudou para Manaus e, posteriormente, para São Paulo, onde atualmente vive. Participou de exposições coletivas, incluindo: Ritos e alegorias da natureza, na Zipper Galeria, em São Paulo, Brasil (2023); Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea, no Museu de Arte Moderna (MAM-SP), em São Paulo, Brasil (2021); Bienal Continental das Artes Contemporâneas Indígenas, em São Paulo, Brasil (2011). Em 2009, realizou sua primeira exposição individual intitulada, Artes Indígenas do Amazonas, na Casa da Cultura, em Itaguaí, Brasil. Possui obras nos acervos do Museu do Índio, no Rio de Janeiro, Brasil; e em instituições na China, Alemanha e França.
Buú Kennedy irá participar da SP-Arte- Rota Brasileira 2024, com duas obras de Marchetaria.
A obra tem 4 cores principais que ficam no centro.
O vermelho que representa a energia que protege em cima e embaixo da terra contra raios solares e algumas vibrações sombrias .Proteção aos reinos da terra.
Azul simboliza o oxigênio e a água a energia da vida.
Verde simboliza a natureza, os elementos da vida aqui na terra
A obra mostra uma Sábia da natureza, guardiã que conhece ,cuida e se comunica com as pessoas ,uma sábia de prosperidade , abundancia e proteção
SP–Arte – 2024 – 3ª edição de Rotas Brasileiras.
De 28 de agosto a 01 de setembro de 2024
Local: Vila Leopoldina