Atleta amazonense pratica solidariedade na Ásia Central

Atleta amazonense pratica solidariedade na Ásia Central

Através do esporte, o amazonense Carlos Farias já carimbou o passaporte para vários lugares do mundo. O faixa preta de jiu-jítsu há 12 anos já passou por Amsterdã, Nova Iorque, Boston, Abu Dhabi, Panamá, entre outros. Agora, aos 34 anos, o atleta está no Cazaquistão e encara a pandemia da Covid-19 bem longe de sua terra natal. Fora dos tatames, ele vem praticando no país transcontinental algo que aprendeu muito jovem com a arte suave: servir ao próximo.

“A pandemia foi um susto para todo mundo. Vim de Manaus para a cidade de Tuymazy, na Rússia, aceitando o convite de um grande amigo para dar aula de jiu-jítsu e aí já se vão oito meses fora do Brasil. Em março, acabei vindo para Ural’sk, no Cazaquistão, passar 15 dias para treinar a seleção de MMA amador, mas com 10 dias aqui começou a quarentena e fiquei no país, pois as fronteiras e aeroportos fecharam. Só era permitido estar na rua quem fosse trabalhar e estivesse autorizado, ou usufruindo de algum serviço essencial como a farmácia, caso contrário, pagava uma multa ou era preso por 10 dias”, contou.

O atleta conta que em Manaus sempre fez questão de praticar a solidariedade, inclusive dando aulas em projetos sociais. Quase que do outro lado do mundo, não foi diferente, Carlos é voluntário no projeto #Birgemiz, organizado pelos amigos Almat Sentaev e Asel Myrzakhmetova. A ação já atendeu quase 900 famílias em dois meses, fazendo doações de comida às pessoas carentes. Entre arrumar as cestas e a doação, são mais de 12 horas por dia de muito trabalho. As horas de dedicação, entretanto, são compensadas com a alegria das pessoas.

Todo o empenho, segundo o atleta, é devolvido em forma de carinho pelas pessoas, o que em dias de quarentena, é reconfortante para a alma. No Cazaquistão, mais de oito mil pessoas foram infectadas.

Ansioso para voltar aos tatames, o atleta também se questiona como será daqui para frente, principalmente quando pensa em trabalhos e esportes que envolvem aglomeração, contato. Mesmo assim, afirma que vive um dos momentos mais gratificantes de sua carreira.

“Durante este tempo, tento fazer exercícios em casa para manter um pouco do ritmo, mas não é a mesma coisa. Nós que trabalhamos direto com contato pessoal, o esporte fica prejudicado, pois está tudo fechado e não podemos treinar e nem trabalhar, mas sei que é para o bem de todos.

LuizArmando

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *