A PEÇA “PERFORMANCE – RITUAL ÜHPÜ” NO FESTIVAL DE TEATRO DE CURITIBA 2024
A 32ª edição do Festival de Curitiba já está preparando a cidade para receber grandes atrações e nomes da dramaturgia. Com cerca de 300 atrações, reunindo estreias nacionais, espetáculos premiados e aclamados pelo público, além de dança, circo, humor, música, oficinas, shows, performances e gastronomia, o evento acontece entre os dias 25 de março a 7 de abril deste ano.
História do Festival
Em 1992, entre os dias 19 e 29 de março aconteceu a primeira edição com o espetáculo de abertura “Sonho de Uma Noite de Verão”, com direção de Cacá Rosset, na Ópera de Arame. Até 1995, o público era de 40 mil pessoas. Em 1998 teve a estreia do Fringe Curitiba, tornando-se uma mostra paralela e alternativa do festival.
Foi em 2003 que o festival alcançou a marca de 200 espetáculos entre a Mostra Contemporânea e Fringe. Já 2004, o festival de humor mais tradicional do Brasil, o Risorama, foi criado por Diego Portugal. Em 2008 teve a estreia do MishMash, com atrações de malabarismo, mímica, música, teatro e mágica. E em 2009 foi o ano da chegada do Gastronomix, com música e gastronomia.
2010 o público infantil ganhou espaço com atrações infantojuvenil no Guritiba. Já em 2016 o festival homenageou os 400 anos de Shakespeare. Em 2017, foicriado o Interlocuções, uma extensão do Festival de Curitiba para debates, oficinas, palestras e outras atrações que aprofundam o conhecimento sobre teatro e suas vertentes
A peça PERFORMANCE – RITUAL UHPU é o resultado do processo de criação desenvolvido pelo grupo de pesquisa Tabihuni, na Universidade do Estado do Amazonas – UEA, teve como pilar a experiência simétrica entre indígenas e não indígenas no ritual xamânico conduzido pelos indígenas Bu’u Kennedy, da etnia Ye’pá mahsã (Tukano), e Chris TK, da etnia Huni Kuin (Kaxinawa).
A peça é uma experiência decolonial construída simetricamente na tradição no xamanismo, fazendo com que, antes de qualquer “encenação”, há o encontro da existência real, presença e, principalmente, a subjetividade no/para mundo .
Performance concebida para fomentar a relação kõkamõu – juntos, entre o conhecimento tradicional xamânico dos indígenas Bu’ú Kennedy Ye’pá Mahsã (Tukano) e Txana Bake Huni Kuin, com os não indígenas Thatiane Porto, Ton Brasil, Dara Campos, Ney O Virgem, Thalita Olímpio e Luiz Davi Vieira.
Todos juntos em uma transmutação corporal conduzida pelos xamãs em diálogo com os espíritos. Performance concebida para fomentar a relação kokamõu – juntos, entre o conhecimento tradicional xamânico dos indígenas Bu’ú Kennedy Ye’pá Mahsã (Tukano) e Txana Bake Huni Kuin, com os não indígenas Thatiane Porto, Ton Brasil, Dara Campos, Ney O Virgem, Luizo e Luiz Davi Vieira. Concebido a partir de experiências xamânicas com indígenas, o grupo coloca o ÜHPÜ – “corpo” em Ye’pá Mahsã, disponível para conexões sensíveis através de sonoridades instrumentais, de cantos e danças que abrem portais para outros estados da percepção corpo-ritual
FICHA TÉCNICA
Direção: Bu’ú Kennedy Ye’pá Mahsã; Assistente de Direção: Txana Bake Huni Kuin; Elenco: Bu’ú Kennedy Ye’pá Mahsã, Txana Bake Huni Kuin, Thatiane Porto, Ton Brasil, Dara Campos, Ney O Virgem, Thalita Olímpio e Luiz Davi Vieira; Coordenação de Produção Artística: Luiz Davi Vieira Gonçalves; Produção: Ana Carolina Souza; Fotos: Cesar Nogueira e Alonso Junior. Companhia: Tabihuni (@tabihuni4)
A peça de teatro PERFORMANCE – RITUAL UHPU estará se apresentando no Festival de Teatro de Curitiba que é considerado o maior festival de teatro da America Latina