Amazonense de Jiu-Jìtsu aconteceu neste fim de semana, na Arena Amadeu Teixeira
O evento teve como objetivo selecionar atletas para o Campeonato Brasileiro de Jiu-Jítsu 2024. Foi realizado entre os dias 16 e 17 de março, na Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira e contou com diversos patrocinadores, entre eles a Tumpex, empresa de coleta de resíduos sólidos em Manaus Conhecida como arte suave, o jiu-jítsu (jiu significa suavidade e jutsu vem a ser arte, técnica) pode ser considerada uma das artes marciais mais democráticas praticadas no mundo. Isso, porque, permite que uma pessoa menor que outra derrube seu oponente, levando-o ao chão e dominando-o. É por isso que XXXVII Campeonato Amazonense de Jiu-Jítsu consolidou-se como uma oportunidade de revelar novos talentos, destacar os praticantes mais experientes e, principalmente, massificar a participação de atletas femininas que buscam, além de competir e ganhar, uma técnica capaz de fazê-las enfrentar a violência contra a mulher. Durante o fim de semana de competições, mais de 3 mil atletas, das categorias Galo a Absoluto disputaram o título, fase a fase, testando e colocando em prática os ensinamentos obtidos em academias.
Talentos Os talentos brotaram nos tatames. Um deles foi o pequeno Murilo Diamante, de apenas 11 anos. O talento, garimpado em Manacapuru (município distante 70 km de Manaus) e lapidado na capital amazonense, é oriundo do projeto social do professor Daniel Azulão, em Manacapuru. E o bom desempenho de Murilo na prática do jiu-jítsu fez com que passasse a integrar a White House School Brazilian Jiu-Jítsu. “Consegui passar as etapas e vencer meus oponentes por finalização. Agradeço essa vitória aos meus professores porque depois que me mudei para Manaus consegui crescer mais no esporte e ter mais resultados bons nas lutas”, disse o jovem atleta que já coleciona títulos como bicampeão brasileiro e campeão sul-americano no esporte. No campeonato de 2024, Murilo conquistou seu sétimo troféu.
E do outro lado da linha um dos mais experientes atletas de Manaus também conquistou mais títulos. Trata-se de Frank Franco, campeão da Master 5, categoria para atletas acima de 50 anos. Praticante de jiu-jítsu desde 1990, Frank já conquistou 21 títulos. No campeonato, ele venceu na categoria Absoluto, lutando contra todos os oponentes de cada peso (médio, pesado, super pesado e pesadíssimo). “Fico muito feliz porque pratico o jiu-jítsu não só como esporte mas, também, como uma filosofia de vida. Consegui vencer todos os meus adversários com um golpe chamado relógio, com um estrangulamento contra o oponente. Com a idade, você não tem que provar mais nada pra ninguém, pois como se tem uma filosofia de vida, basta você estar ‘fechado legal’ com a saúde e vai competir”, relatou Frank.
Mulheres no tatame ,onde, tradicionalmente, os homens dominam as técnicas de lutas, a participação feminina vem crescendo. Seja por necessidade de aprender uma arte marcial e, assim, se manter segura e combater a violência ou, até mesmo, por paixão pelo esporte, muitas mulheres vêm se destacando e conquistando bons resultados no jiu-jítsu. Entre elas está Jéssica Monteiro, da categoria adulto médio. “A trajetória até aqui não foi fácil. Mas sempre mantive o foco e disposição para conquistar o que eu queria. Ganhei na minha categoria e vou, agora, para o Absoluto. Todas nós, mulheres, precisamos conquistar nosso espaço. E o jiu-jítsu nos ensina isso”, disse Jéssica. Quem também tem o jiu-jítsu como paixão é a atleta Carla Souza, praticante na categoria Roxa Média Adulta. “Antes, não tinha quase mulheres competindo. Hoje, temos mais espaço no tatame. Muitas vêm para o esporte em busca de mais segurança para se precaver contra a violência e acabam se apaixonando pelo jiu-jítsu”, disse a atleta.
Para os realizadores da competição, o XXXVII Campeonato de Jiu-Jítsu foi uma experiência gratificante. “Esse campeonato acontece todos os anos em Manaus. Temos atletas desde os 4 anos de idade até 60 anos. Isso é gratificante porque vemos toda a evolução da prática do jiu-jítsu. Os vencedores receberam, além dos troféus, premiações que variaram de R$ 150,00 a R$ 350,00. E cada academia vencedora também recebe prêmios”, disse o diretor da Federação de Jiu-Jítsu do Amazonas (FJJAM), mestre Orley Lobato.
Resultados finais Pelo 6° ano consecutivo, a equipe Nabil foi a campeã do evento. Confira os resultados finais:
Campeã graduado 1° – Nabil – 1.147 2° – GFTeam – 536 3° – Carlos Holanda BJJ – 317 Geral Faixa Branca 1° – Nabil – 416 2° – GFTeam – 224 3° – Gracie Barra – 105