‘ExpoAmazônia Bio&TIC’ 2023 tem palcos e espaços feitos com madeiras de barcos antigos em Manaus
A ExpoAmazônia Bio&TIC 2023 vai ter palcos e espaços construídos utilizando uma técnica que une madeira de reuso de barcos antigos e materiais reaproveitados. O evento considerado maior da Região Norte voltado para tecnologia, bioeconomia e inovação, acontece nos dias 28, 29 e 30 de novembro, em Manaus.
O objetivo principal do evento é alavancar os polos de Bioeconomia (Bio) e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) como dois vetores econômicos viáveis e sustentáveis para a manutenção da floresta amazônica e o desenvolvimento socioeconômico da Amazônia.
Construir soluções que valorizam a Amazônia, o seu potencial, a sua proteção e o ecodesenvolvimento é o propósito do arquiteto Sérgio Santos, responsável pela construção dos palcos, receptivos e espaços da ExpoAmazônia Bio&TIC 2023, com o reuso dos materiais.
Um dos pilares é o ecodesenvolvimento, pauta defendida há décadas por Sérgio Santos, que é conhecido internacionalmente por tirar o maior proveito de materiais descartados e proporcionar um novo significado. Na ExpoAmazônia Bio&TIC 2023, não será diferente.
Nós estamos usando materiais de reaproveitamento como paletes, OSB (oriented strand board) e embalagens gerais. A gente reaproveita tudo e monta os estandes, fabrica piso, móveis, painéis, estandes, portais, palcos e outros espaços do evento”, disse o arquiteto.
O destaque é o reuso de madeiras retiradas de barcos antigos, que são desmontados pela equipe do arquiteto.
“Eu também uso as madeiras de reuso de barcos. Com elas, fazemos mesas, cubos, balcões e muito mais. Ou seja, dá para fazer muita coisa com estes materiais”, comentou.
O arquiteto também atua na ambientação e paisagismo da ExpoAmazônia com as madeiras reaproveitadas.
Quando acabar o evento os produtos serão doados para instituições sociais e associações, que atuam com reciclagem de materiais. Sérgio explicou que todas as ações fazem parte do processo de sustentabilidade ambiental da Expo.
“Pois, além de darmos um novo significado para o que seria ‘lixo’, agora podemos incentivar outras pessoas a fabricarem produtos semelhantes. Isso incentiva também a geração de renda. No fim, todos saem ganhando e a Amazônia agradece”, afirmou.
Entre tantos projetos conduzidos pelo arquiteto, um dos mais aplaudidos é o Projeto de Restauração Ecológica e Urbanização Sustentável da Amazônia (Reusa), que revitalizou uma área com casas instaladas à beira de um igarapé, um rip rap no bairro Redenção, em Manaus.